Trilogia Mentes Silenciosas: Ideia, Desafios, Aprendizados e Conclusão
"Nem toda trilogia nasce de um grande plano.
Às vezes, ela nasce de uma história que insiste em continuar, mesmo quando o primeiro livro já terminou."
Olá pessoal, sejam muito bem-vindos a mais um post aqui do nosso cantinho Suspense em Palavras!
No post de hoje, vou falar um pouco sobre a Trilogia Mentes Silenciosas. A ideia, os desafios, duração, conclusão e aprendizados.
Já adianto que não foi uma tarefa fácil, e para mim, que ainda sou iniciante no mundo da escrita, foi uma conquista sem tamanho. Eu ainda não acredito, na verdade.
Então, deixa eu parar de enrolar e começar logo... vamos aos fatos!
Escrever três livros não é só escrever três histórias
"Uma trilogia exige algo que raramente é falado para quem está começando: constância emocional e narrativa."
Não é apenas manter personagens vivos. É manter coerência, motivação e disciplina, mesmo quando o tempo é curto, o cansaço aparece, a dúvida surge e a vontade de desistir bate.
Quando comecei a escrever meu primeiro livro O Lago da Morte, em novembro de 2024, eu não fazia a mínima ideia do que estava fazendo, de verdade. Era mais um desafio pessoal, um "será que consigo?".
E em meio a essas inseguranças, medos e dúvidas, eu publiquei o primeiro livro em fevereiro de 2025, e foi uma alegria imensa (depois dos surtos de estresse, é claro rsrs).
Enquanto ainda estava escrevendo O Lago da Morte, me veio a ideia para Paciente 17. E eu estava me achando a escritora rsrsrs. Então, por que não continuar, né? Por que não levar isso ainda mais a sério e escrever mais um livro?
Bem, eu só não contava que uma simples história de uma enfermeira, uma senhora e um médico surtado, fosse se desenrolar de tal maneira, que me faria perder o sono por meses, literalmente.
E foi aí que eu descobri que ser escritora era muito mais do que eu imaginava!
Mentes Silenciosas: uma história que pediu para ser completa
Ao longo de quase dez meses de escrita, Mentes Silenciosas deixou de ser apenas um projeto e se tornou uma jornada.
"Não era apenas sobre escrever bem...Era sobre terminar."
Quando comecei a escrever Paciente 17, em março de 2025, a ideia era escrever um único livro, começo meio e fim em um único livro, mas... meus personagens resolveram fazer o que eles queriam, e eu deixei.
E quando dei por mim, cheguei a conclusão de que... "É impossível escrever isso tudo em um livro, vou ter que dividir"
E foi aí que nasceu a trilogia. Meus personagens pediam para falar mais, contar mais, e eu deixei, dei corda para ver até onde eles iam, e olha... eles foram longe.
Durante esses 10 meses de escrita, vi a necessidade da Emma de se libertar de sua família tóxica. Vi o sofrimento de Dona Délia ao encarar a realidade de tudo que ela passou. E vi a necessidade de contar ao leitor o porquê.
Por que Fabian fez tudo aquilo? Por que a equipe parecia tão leal a ele a ponto de ultrapassar todos os limites? Por que o vilão não pode ter seu lado da história contado, não para justificar erros, mas saber o porquê?
Essas perguntas foram ganhando respostas a medida que as histórias de cada um dos personagens foram sendo contadas. Sem romantismo, sem passar pano, sem vitimizar... sem inocentar. Apenas mostrando a verdade nua e crua que muitos evitam, mas que em algum momento da vida, é preciso encarar.
E assim, volume a volume, eu respondi a essas perguntas, me surpreendendo a cada nova trama desenvolvida, cada novo personagem, cada nova revelação... cada nova verdade.
Resultando na trilogia que vos apresento hoje... com muita alegria e orgulho em dizer "está concluída!"
Os três volumes da trilogia Mentes Silenciosas
- Vol. 1: Paciente 17 | O Começo do Silêncio
- Vol. 2: Faces da Mentira | Nem Tudo é o que Parece
- Vol. 3: Paciente 0 | A Origem do Experimento
Os livros devem ser lidos em sequência. Não por obrigação, mas porque a história foi construída assim: camada por camada, revelação por revelação.
Começando por Paciente 17 - O Começo do Silêncio Vol. 1
Emma acaba de perder a única pessoa que a amava incondicionalmente. Criada pela avó desde que foi rejeitada pelos pais, ela vive agora entre o luto e a necessidade de seguir em frente.
Formada em enfermagem, aceita um novo trabalho como cuidadora de uma mulher diagnosticada com Alzheimer precoce. Mas a paciente tem apenas 47 anos, e isso, somado a outros detalhes, logo desperta a atenção de Emma. Os sintomas não parecem seguir o padrão que ela conhece tão bem. Os lapsos de memória, os silêncios, os olhares… tudo soa diferente. E desconfortável.
A filha da paciente é fria. Os funcionários da clínica são gentis demais. E, nos raros momentos de lucidez, a mulher insiste que Emma não se envolva. A antiga cuidadora também tentou e... desapareceu.
Emma tenta manter distância emocional. Não quer reviver a dor da perda, nem se apegar a quem talvez não dure muito tempo. Mas quanto mais tenta se proteger, mais se vê envolvida.
Será que há algo errado com a doença? Ou com o lugar?
Entre segredos enterrados, medos antigos e uma sensação crescente de que algo está prestes a acontecer, Emma precisará decidir se escuta os alertas, ou o próprio coração.
A frieza distante da filha da paciente e o mistério que envolve a enfermeira anterior, surgem como peças sombrias de um difícil quebra-cabeça.
Seguido por Faces da Mentira - Nem Tudo é o que Parece Vol. 2
Após os intensos acontecimentos narrados em Paciente 17: O Começo do Silêncio, que mudaram para sempre a vida de Emma e Dona Délia, a sensação de que tudo havia chegado ao fim logo se mostra ilusória. A verdade ainda guarda muitas camadas, e o passado insiste em cobrar seu preço.
Com a chegada de novos personagens, Edgar, um homem enigmático e frio, que carrega segredos sombrios, e Emil, seu leal assistente de olhar doce e inocente, a teia de mentiras se torna ainda mais densa. Cada revelação expõe não apenas crimes e traições, mas também a face humana por trás de cada escolha.
Em meio a mistérios, ressentimentos e dilemas morais, Emma e aqueles ao seu redor são forçados a encarar uma dolorosa realidade: nem todo antagonista é apenas um vilão, e a verdade pode ser tão cruel quanto as mentiras que tentam escondê-la.
Faces da Mentira - Nem Tudo é o que Parece é o segundo livro da Trilogia Mentes Silenciosas, que mergulha nas profundezas do passado e das motivações de personagens que, até então, pareciam imunes às sombras da verdade.
Finalizando com Paciente 0 - A Origem do Experimento Vol. 3
Emma acreditava que o caso envolvendo a equipe da clínica SanareCare estava encerrado.
Mas as perguntas sem resposta que ainda tiravam seu sono a levaram até Fabian.
Por que Thomas era tão leal?
Como Cristina se tornou cúmplice de um pesadelo?
E o que realmente aconteceu com esses quatro profissionais que deveriam salvar vidas, mas acabaram silenciando mentes?
No centro de tudo, há uma tragédia sem volta.
Uma perda que Fabian nunca superou, e que se tornou o estopim de decisões que ultrapassaram todos os limites éticos.
Neste volume final da trilogia, voltamos ao início de tudo.
Uma tragédia, uma amizade forjada no silêncio e uma obsessão alimentada pela dor.
Dr. Fabian Hallden não está apenas contando sua história para Emma, ele está expondo as raízes de um mal que começou muito antes da primeira cobaia... A verdade é mais triste que qualquer mentira. E o culpado pode não ser quem você imagina.
O Fechamento da Trilogia
“Nem todo mal nasce do desejo de destruir.
Alguns nascem da convicção de estar fazendo o certo.
E quando ninguém questiona essa certeza, ela cresce…até se tornar irreversível.— Aline N.”
O que uma trilogia ensina a um autor iniciante
Escrever uma trilogia ensina coisas que nenhum curso ensina:
- Nem todo dia é inspirado
- Terminar é tão importante quanto começar
- Confiar na própria história é um aprendizado
- Disciplina sustenta o talento
Desde o início da minha jornada de escrita, nunca passou pela minha cabeça abandonar minhas obras, muito pelo contrário, se eu começo uma coisa, eu termino.
Mas, infelizmente, mesmo com essa convicção em mente, eu me vi várias vezes me questionando se eu realmente queria terminar aquilo.
Tinha dias que eu nem queria abrir o notebook, queria esquecer todo aquele drama e dar um tempo.
E pensando nisso agora, enquanto escrevo esse post, eu tenho certeza que teria me arrependido amargamente se tivesse feito isso.
"Obrigada, linda e maravilhosa teimosia que habita em mim, por não ter permitido que eu abandonasse tudo mesmo nos momentos mais difíceis... serei eternamente grata e te darei ouvido mais vezes"
Então, o que eu aprendi durante a escrita dessa trilogia foi, primeiramente, confiar em mim mesma, nos meus instintos e seguir firme até o fim.
Em momentos de desespero, fazer uma pausa é a melhor escolha. E quando a escrita está fluindo, colocar tudo de si é o melhor caminho. Parar, não é desistir, é respirar para poder continuar quando estiver pronto.
Isso tudo, junto com o sonho de ver a obra publicada, mesmo nas horas mais difíceis, me guiaram até esse momento. E esse é um aprendizado que irei levar comigo para sempre.
Encerrar não é abandonar
"Encerrar uma história não significa esquecê-la.Significa respeitá-la!"
Mentes Silenciosas chegou ao fim exatamente onde precisava chegar.
Agora, outras histórias pedem espaço.
Sentirei saudades das incertezas e da lealdade da Emma, do amor de mãe da Dona Délia, da doçura do Emil, da amizade verdadeira da Irina, das loucuras e dores do Fabian e sua equipe distorcida e maluca... sim sentirei muita falta de todos eles (menos da Elena e do Edgar, um grande AFFF para esses dois 🙄).
Mas preciso continuar e 2026 promete muito mais histórias intensas como essas. Já são 5 garantidas rsrsrs (nenhuma delas é trilogia kkk).
Gratidão
A todos que leram, acompanharam, apoiaram e acreditaram nessa história: obrigada.
"O silêncio encontrou sua origem......E eu sigo escrevendo!"
Aline N.